domingo, 20 de julho de 2014

Capítulo 21: “I Love You”



Rita tinha receio, receio do que o futuro lhe reservava, receio do que Fábio poderia sentir por si e do que ela sentiria por ele, tinha uma série de questões na cabeça e não sabia o que responder a nenhuma.

-E se eles não gostarem de mim?

-É impossível que não gostem de ti.

-É super natural que não gostem de mim.

-Se fosse a ti não acreditava muito nisso.

-Porque dizes isso?

-Porque já falei de ti e eles estão ansiosos por te conhecer!

-Tu falaste de mim á tua equipa?

-Sim! Como era possível não falar? - Rita apertou-lhe a mão e fixou os seus olhos nos dele. – E acredita que só falei bem, era difícil falar mal de ti! – Rita corou e desviou o olhar, Fábio já sabia que ela estava envergonhada. Ela respondeu:

-Tu tens noção que não vou conseguir olhar para nenhum, não tens? – Disse pousando a mão sobre a de Fábio e ele limitou-se a fechar e a apertá-la.

-Ótimo! Assim só tens olhos para mim! – Rita sorriu e olhou para Fábio, que lhe pousou os lábios sobre a testa dela onde a beijou.

-Enganaste-te! Os meus lábios estão mais em baixo!

-Oh. Desculpa! – Olhou para Rita e beijou-a como tinha acontecido no primeiro beijo, com paixão, com amor e com carinho, gostavam muito um do outro e apesar de não saberem ao certo o que sentiam, sabiam que quando os lábios se cruzavam eram como se saltassem faíscas, era como se uma parte incompleta se completasse. Só separaram os lábios quando o ar começou a escassear.
Separaram as mãos e foram em direção ao autocarro, estavam todos dentro do autocarro á exceção do mister que descia as escadas para ir procurar o rapaz e a amiga.

-Finalmente rapaz, onde te meteste? – Perguntou o mister e Rita baixou a cabeça.

-Desculpe mister, alguns adeptos pediram fotografias e autógrafos e eu não os podia desiludir.

-Pronto estás desculpado! – Fábio ia entrar no autocarro, mas o mister não o deixou entrar. –Apresenta-me lá a causa do teu sorriso! – Rita corou e apertou fortemente a mão de Fábio.

-Mister. Apresento-lhe a Rita, a minha princesa. – Rita aproximou-se de Hélder e cumprimentou-o com dois beijinhos. – Rita como tu sabes. – Sorriu. – É o meu mister Hélder.

-Muito prazer. – Respondeu baixinho.

-O prazer é todo meu Rita. – Respondeu a sorrir. –Mas agora toca a entrar para o autocarro que está tudo á vossa espera.

O primeiro a entrar para o autocarro foi o mister, depois Rita pediu que fosse Fábio e ele aceitou, deu-lhe a mão e ela tentava ao máximo passar despercebida mas era difícil, era a única rapariga no meio de tantos rapazes e sabia que todos os olhos estavam caídos sobre si, até porque os colegas dela já tinham ouvido falar de si.
Ela caminhava de cabeça baixa a olhar para os pés dele e parecia que aquele caminho fora tão curto que a assustava, todo o seu corpo tremia e não sabia como iria reagir ao pé de todos aqueles amigos e colegas de Fábio. Ouviu uma voz grave a dizer:

-Então que andaste a fazer matumbo?

-Fui á procura do último frango que deixaste entrar. – Respondeu Fábio aquela voz, pelas palavras teria sido ao guarda-redes, Bruno Varela.

-E não nos queres apresentar quem está aí contigo oh burro?

-Que eu saiba não sou eu que tenho a alcunha de Bernas, seu paneleiro. – Bernardo Silva, entendeu de imediato Rita. Apertou ainda mais a mão dela e fê-la ficar á sua frente, que limitou-se a baixar a cabeça e ficar com as bochechas tão encarnadas como nunca tivera antes. –Vocês já devem ter ouvido falar muito da Ritinha, como é óbvio.

-Não sabes falar de outra coisa... – Ergueu um pouco da cabeça e conseguiu perceber que era Hélder Costa que falava.

-Não vêm que estão a deixar a rapariga envergonhada? Deixem-se lá disso seus palermas. – Rita ergueu a cabeça e olhou para aquela voz. Claramente era um grande amigo de Fábio, João Teixeira. Não esperava, mas sorriu, não conseguiu esconder o sorriso. Fábio começou a caminhar e sentou-se num banco e Rita sentou-se ao lado, ficando ele do lado da janela.

-Obrigada João! – Acomodou-se ao seu lugar. – Queres vir para o lado da janela?

-Deixa estar! – Rita não se importou com a forma “pouco simpática” com que Fábio e os seus colegas se haviam tratado, já sabia que era esta a forma natural com que se tratavam.

-Não te assustes. É esta a forma carinhosa com que nos tratamos.

-Se tu me tratasses assim, te garanto que nem falava contigo!

-As princesas não se tratam assim, só os monstros como eles! – Disse dando-lhe um beijo na testa.

-Oh que fofo! – Disse Bruno Varela com as mãos pousadas sobre o banco e olhando para eles. – Por acaso sabes que os pés do Fábio parecem pés de ogre não sabes?

-E que ele é maricas não sabes? – Disse Bernardo virando-se para os bancos de trás, olhando para Rita e Fábio.

-E vocês são piores que as velhas coscuvilheiras! – Respondeu Fábio. – Não têm mais nada para ver, nem para fazer?

-Queríamos só avisar a Rita do que a espera. –Ela baixou a cabeça envergonhada e corou. Eles viraram-se para a frente e Fábio olhou-a.

-Ai que vergonha Fábio! -  Disse pousando as mãos sobre os olhos e pousando a cabeça sobre o peito do amigo.

-Não lhes ligues Rita! Eles têm é inveja porque ao menos conheço uma rapariga, eles nem por isso. – Disse pousando a mão sobre as costas da amiga. 

-Tenho tanta vergonha Fábio! Não devia ter vindo. – Olhou para ele, e ele retribuiu olhando para ela de forma carinhosa. Aproximou os seus lábios dos dela e voltou a cruzá-los. Beijaram-se com todo o amor e carinho.

-Senão tivesses vindo não te teria beijado! – Ela encostou-se ao peito dele e todos os olhos estavam pousados sobre eles.

-Faziam melhor figura se cantassem os parabéns, em vez de olharem.

-Fazes anos hoje? – Perguntou Ivan Cavaleiro.

-Sim... Dezoito. – Respondeu-lhes pela primeira vez mas claramente pouco á vontade.

-Seu pedófilo Fábio. – Disse João Cancelo. –Ela ainda era menor e tu já tinhas segundas intenções.

-E tu que não opinasses! – Respondeu Fábio. – Que eu saiba a tua namorada ainda não deve ter dezoito

-Mas isso é diferente, nós estamos juntos há muito tempo.

-E quem é que te disse que eu e a Rita também não vamos ficar juntos muito tempo? – Rita silenciou-se, ele tinha-se declarado indiretamente e ela não sabia o que dizer. Todos se afastaram e Rita olhou para Fábio que disse. – Trouxeste a ventoínha contigo?

-Sim, trouxe. – Abriu a mala e mostrou-a. – Porquê?

-Podes ligá-la? – Rita abanou positivamente a cabeça e pô-la a funcionar. Bastaram apenas uns segundos para verem a mensagem da ventoínha. Dizia “I Love You” (Eu amo-te) e ela corou, tinha de lhe responder, mas não sabia o quê, a sua salvação foi o telemóvel que tocou, pegou nele e atendeu sem olhar para ver quem era:

-Olá! – Respondeu á chamada.

-Olá filhinha! – Disse a sua mãe. –Nunca mais disseste nada e eu fiquei preocupada.

-Desculpa, tive um bocadinho com o Fábio no intervalo, mas já estou a caminho de casa.

-Conseguiste despedir-te do Fabiozinho? – Rita sorriu.

-Não, por acaso não. Ele convidou-me para vir com ele no autocarro.

-E tu aceitaste? Deves ser a única rapariga aí!

-Sou mesmo! E estou com alguma vergonha, mas espero que passe!

-Eles não são nenhuns bichos papões, não te fazem mal!

-Que querida! Que eles não são nenhuns bichos papões, sei eu, mas sabes quantas raparigas pagavam para estar aqui? – Fábio sorriu a ouvir a conversa.

-Então aproveita! Quando chegares cá vais ter outra surpresa!

-A sério mãe? Obrigada!

-Sim! São os teus dezoito anos, a tua maioridade, não poderiam ficar em branco.

-Fico sem saber o que dizer! Como estão todos por aí?

-O teu pai e irmão estão na brincadeira e mandaram-te um beijinho. Eu e o bebé estamos sossegados.

-Sabes qual é o sexo dele?

-É o meu quarto filho e é o único que decidiu esconder o sexo.

-Também foi a maior surpresa de todos, de certeza!

-Depois deste bebé, fecho a loja, já não tenho idade nem energia para isto. Mas pronto, aproveita este dia que nós vamos ter com o teu irmão e pai.

-Está bem mãe, manda-lhes beijinhos meus e do Fábio que também está a mandar. Até logo! – Desligaram a chamada e Rita tinha de lhe dar uma resposta mas não sabia o que dizer.

Que irá responder Rita?
Como correrá o resto da viagem? Qual será a surpresa da família dela?

5 comentários:

  1. Olá

    Adorei *_* E a ritinha tem de dizer que o Ama ;)


    Beijinhos


    Catarina

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  2. Adorei quero o proximo.bjs

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  3. Olá :)
    Aí que vergonha q a rita passou e q parvos :P
    Próximo pq eu quero saber a resposta da rita, a surpresa e a viagem :)
    bjs

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  4. Olá !
    Bem, eu ando imensamente desatualizada de imensas fics e a tua, que já li e por sinal amei, está uma fofura.
    Começando pelo inicio,.. o facto de a Rita não querer aproximar-se demasiado para não se magoar é normal, mas a insistência dele é amorosa, principalmente os ciumes todos do Pedro, e a promessa feita ao pai, opá adoro, adoro mesmo, és uma escritora maravilhosa e adoro os sentimentos que passas para fora. Espero que este namoro dure muito tempo, mesmo e que o Fábio não a magoe, agora tadinha da Rita, toda envergonhada, mas faz parte. Vamos ver como corre tudo e principalmente se não há chatisses entre os dois.

    Beijinhos, gosto muito de ti e espero o próximo <3

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  5. Ahhhh joder!
    Eu já tinha lido isto mas esqueci-me de comentar e apenas ontem me lembrei disso portanto estive a reler o cap e a voltar a adorar.
    Bem, a tarefa da Rita não foi muito fácil. Eu acho que no lugar dela não tinha sido capaz de entrar no autocarro. E estes colegas do Fábio são tão discretos e amáveis... *ironia*
    Mas eu tenho fé que a Rita vá sobreviver xD bem com um menino daqueles por perto vale a pena aturar uns meninos mais inconvenientes!
    Guapa eu adorei! E já agora agradeço a dedicatória do cap (sim, eu não me esqueci!)
    Venha o próximo!

    Beso
    Ana Santos

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