terça-feira, 14 de março de 2017

Capítulo 45: “Não tens de pedir-me desculpa por fazeres de mim a mulher mais feliz do mundo!”



Não conseguiu, nem conseguiria esconder que tivera a chorar. O sofrimento estava bem visível nos seus olhos e mesmo que tivesse escuro, ela iria sempre sabê-lo. Além do grande amor que os unia existia também uma enorme amizade e isso tornava-se notório em momentos assim.

-Este sítio faz-me pensar.
-Foi nesta praia que tudo começou.
-Não. -  Corrigiu-a. - Tudo começou quando me foste oferecer pizza a casa, ou antes disso mesmo, quando decidi mandar-te aquela mensagem no Facebook.
-Parece que foi à tanto tempo mas na verdade foi à um par de meses.
-Cinco meses. - Sorriu. - Nestes cinco meses já vivemos tanto que me custa acreditar.
-E vamos viver muito mais.
-Não queres acabar tudo comigo por causa do que disse do bebé?
-Não. - Sentou-se ao lado dele. - Quero ouvir-te dizer porque mudaste de opinião.
-Queres sentar-te aqui entre as minhas pernas? Assim tenho a certeza que não passam tanto frio.
-É por causa disto que nunca conseguiria ficar chateada contigo durante muito tempo. -  Ambos sorriram e Rita sentou-se entre as pernas dele e sentiu-se mais quente e confortável, estava novamente no seu porto de abrigo. Aquele corpo parecia ter sido moldado exclusivamente para si e isso fazia-a pensar que não poderia desistir dele por qualquer motivo, haveriam sempre de arranjar uma solução. - Nunca chegarei ao pé de ti e colocar um ponto final na nossa relação, se alguma vez chegarmos a esse ponto quero que seja por decisão dos dois.

-Amo-te. - Sussurrou-lhe ao ouvido e ela tremeu. - Vai tremer para o resto da tua vida quando te sussurrar esta palavra ao ouvido. Amo-te. Amo-te. Amo-te. - Dito isto deu-lhe um beijo na testa e abraçou-a à volta da sua barriga. - Amo-vos.
-Eu amo-te e tenho a certeza que este bebé também te ama. - Deu-lhe um beijo no nariz. - Mas acho que é importante falarmos com calma sobre este assunto.
-Com o Pedro à tua espera? E convosco ao frio?
-Tens sempre pelo menos um casaco a mais no carro e podia sempre ir falar com o Pedro para ir para casa para falarmos.
-A tua teimosia aumentou com a gravidez ou é impressão minha?
-A questão que se coloca é: será que vai aumentar com a barriga?
-Fico ansioso à espera.
-Vou avisar o Pedro para ir andando para casa dele que tu já me levas lá.
-Não vais para tua casa?
-Longa conversa para outra altura.
-Queres saber porque falei em aborto é isso? - A palavra aborto era desagradável desde que sabia o significado da palavra mas desde que soubera que tinha um bebé que, provavelmente ainda tinha apenas o tamanho de um feijão, que a magoara mais e lhe dava vontade de chorar só de pensar na ideia de pôr o termo à vida a um filho seu.
-Quero que me contes tudo o que sentiste, pensaste e mexeu contigo desde que te dei a notícia que estava grávida.

Saíram ambos do local onde estavam e enquanto Fábio ia ao carro buscar um agasalho ao carro, Rita foi ter com Pedro.

-Eu e o Fábio vamos ficar a falar, não te importas?
-Achas? - Perguntou sorrindo. - Até fico orgulhoso de ter sido eu a querer trazer-te aqui e acabar por vos colocar frente a frente para falarem.
-Mais uma vez estou-te muito grata pelo que fizeste.
-Para que servem os amigos, afinal? - Fez-lhe uma pequena festa na face. - Quando acabarem a conversa avisa-me para eu te vir buscar.
-Tu és meu amigo, não meu motorista.
-Não quero que andes de mota enquanto estás no estado em que estás, digamos assim.
-Eu vou engordar com o decorrer da gravidez mas ainda não aconteceu, Pedro. A mota ainda aguenta comigo.
-Vou relembrar-te que a tua moto está em casa porque quem te deu boleia fui eu.
-O Fábio tem o carro, ele dá-me boleia, Pedro.
-Cheira-me que vais é dormir a casa dele.
-Não, está descansado. Vai lá tomar conta da tua grávida, eu já lá apareço! O Raphael vai ficar parvo, estava habituado a um rapaz e de repente aparecem duas raparigas e grávidas!
-Ele voluntariou-se logo para ir dormir para o sofá para tu dormires confortável!
-Quando chegar, eu agradeço-lhe!
-Vai lá falar com o teu rapaz, não te incomodo mais!
-Dá para acreditar que estou nervosa? Depois de tanto tempo juntos?
-É uma conversa importante, mas se ambos tiverem calma e disserem o que está no vosso coração tenho a certeza que vão chegar a um concesso.
-Reza por mim.
-Não precisas disso, sei que vai correr tudo bem e claro que não vais dormir a minha casa.
-Calma, Pedro. Beijinhos. - Deu-lhe um beijo e voltou até junto de Fábio.
-Já com saudades minhas? - Disse aproximando-se de Fábio e ele acenou positivamente com a cabeça e sorriu, depois ela sentou-se entre as suas pernas. -Sabes o que queria agora? Mas sei que é complicado pedir-te.
-Eu sei o que queres. Sei que tens saudades disso, mas tens vergonha de pedir porque tens medo da nossa reação depois disso.
-Mesmo que quisesse não conseguia guardar algo só para mim.
-E consegues guardar esse beijo que tanto me queres dar?
-Acho que conseguia guardá-lo para mim durante algum tempo, porque tenho muitos para te dar ao longo da nossa vida.
-Porque não te calas e me beijas?

Rita estava à espera de ver mais um sorriso na face de Fábio mas foi surpreendida com um beijo. Um beijo romântico e querido, mas com saudade. Um beijo como tinha sido o 1º, com muita ansiedade. Ela sentara-se ao colo dele e colocara as mãos nos seus ombros enquanto Fábio colocava as mãos nas costas da sua namorada. Só separaram os lábios quando o ar começava a escassear e ambos sorriram claramente felizes com aquele beijo, ambos queriam-no tanto! Assim que terminaram, ela encostou-se no peito dele e Fábio colocou o queixo sobre a cabeça dela e ambos ficaram a olhar para o mar, e as recordações começaram a surgir...

(Início de Recordação)
“O despertador tocou á hora prevista e acabou por ser rápido até acordarem e saírem de casa. Mas não sem antes levarem uma toalha, para o caso de alguma eventualidade, visto que iam para a praia. Foram até ao carro e sem Rita dizer nada, Fábio conduziu até à praia, estava deserta e era agradável estarem ali sozinhos, havia alguma claridade, mas ainda não era de dia.

-Que te parece de irmos tomar um banho?
-Que tu és louca!
-Estás a duvidar de mim? – Perguntou fingindo-se admirada por Fábio.
-Não, era incapaz!
-Então anda tomar banho, seu fraquinho! – Rita deu a mão a Fábio e empurrou-o até à beira do mar, pousou a mão sobre as ondas pequeninas á beira-mar. –Queres ver como está boa? – E surpreendendo o próprio atirou-lhe com um pouco de água para cima do amigo, que começou a correr atrás de Rita, que tentou fugir, mas não conseguiu. Pegou-lhe ao colo e levou-a até dentro de água.

Quando lá chegaram ficaram numa zona onde apenas ele conseguia pousar os pés no chão, a água ao contrário do que inicialmente esperavam estava quente, por isso teve de agarrar-se ao corpo dele e tentar admirar a bonita paisagem ou tentar admirá-lo a ele, era uma questão que colocava a si mesma. Era difícil não reparar no físico dele, mas não queria que ele descobrisse por isso, apertou fortemente com medo de se afogar, mas com confiança nele e puderam juntos admirar aquela paisagem que tinha tanto de bonita como de única, assim como o momento que viviam juntos.

(...)
Era o momento mais bonito que estavam a viver juntos e estavam a tentar desfrutá-lo. Sentiam o coração do companheiro a bater e a felicidade bem presente no rosto da outra pessoa, existia uma paz natural nos corações de cada um. E Fábio sabia que era o momento ideal para partilhar o que sentia, sempre tivera medo do momento em que assumia o que sentia, tinha medo que o sentimento não fosse recíproco, que ela se afastasse dele e no fundo de a perder. Mas tinha de arriscar, podia perder tudo mas também podia ganhar tudo.

-Fábio, talvez seja melhor voltarmos. Os meus pais já devem estar á minha espera. – Ele sabia que ela tinha razão e que para ganhar a confiança dos pais da sua amiga tinha de cumprir o que prometera, mas era muito forte o desejo que sentia de prendê-la nos seus braços e não mais largá-la, queria poder ficar ao lado dela até aos últimos dias da sua vida.
-Rita, por favor, só mais um bocadinho. – Suplicou Fábio e Rita não conseguiu resistir.
-Mas é mesmo só mais um bocadinho, sabes que o meu pai está á minha espera. – Disse pousando novamente a mão sobre o peito de Fábio que a agarrou as mãos e olhou para ela.
-Só falta uma coisa para tornar este momento perfeito. – Encheu-se de coragem e disse-o, Rita olhou para ele que sorria e perguntou:
-E porque não o tornas perfeito? – Perguntou envergonhada, mas com coragem de dizer tudo o que sentia e de se sentir ainda mais realizada.
-Porque não sei se também o queres.
-Eu confio em ti Fábio. – Disse pousando a mão sobre os cabelos secos, mas brilhantes dele.
-Tens a certeza? Tu nem sabes o que vou fazer.
-Faço uma pequenina ideia. E sinceramente, não preciso de saber, tal como te disse confio em ti.

Os olhos de ambos brilharam e foi Rita quem tomou a iniciativa de cruzar os seus dedos com os de Fábio dentro de água. Fábio sabia que o que iria fazer podia estragar aquela amizade, podia deixar a amiga desiludida ou magoada, podia afastá-la de si, mas estava disposto a arriscar, afinal ela permitia-o, fora ela que o incentivara-o a fazer, embora não soubesse ao certo o que ele iria fazer.
Fábio aproximou os seus lábios da face de Rita, pousou a mão esquerda sobre a bochecha dela que fechou os olhos sentindo o doce toque do amigo na sua face, aproximou os seus lábios dos dela e respirou durante breves segundos e beijou-a como desejara há imenso tempo, como nunca desejara beijar ninguém.
E Rita nunca hesitou, nunca temeu e sempre confiou em Fábio, deixou-se beijar e sentir todas aquelas sensações únicas, faziam-na ter ainda mais certeza do que sentia por ele. Estava apaixonada. E aquele beijo causara-lhe uma felicidade inexplicável, sentia-se amada como não sentia desde o final de relação com Tiago.
E Fábio sentiu o que nunca havia sentido antes, uma felicidade a sair pelo seu coração de forma inexplicável, uma vontade de não mais soltar Rita dos seus braços, de fazê-la apenas a única mulher da vida dele. Ela era a sua felicidade, o seu porto de abrigo, o seu porto seguro, uma mulher surpreende apesar da tenra idade.
As bocas só se separaram quando o ar começava a escassear, e parecia nada os querer afastar, não queria mais largar-se, nunca mais se afastarem e ficarem unidos como um só. Rita pousou a cabeça sobre o peito de Fábio e as mãos nos ombros dele, que retribuiu o gesto pousando as mãos sobre as costas de Rita e a cabeça sobre a cabeça dela e com a voz meio-rouca e grave disse:

-Sem dúvida que tornaste este momento perfeito. – Disse sorrindo e olhando para o nascer do sol cada vez mais forte.”
(Fim de Recordação)

-Só quero que sejas feliz. - Disse interrompendo o silêncio.
-É por isso que queres que aborte? - Perguntou confusa.
-Sim. - Respondeu calmamente. - Porque sei que vais abdicar de tudo o resto que existe na tua vida para te dedicares a mim e ao nosso filho, a sermos uma família.
-E se eu estiver disposta a abdicar de todos os meus sonhos pela nossa família? Pelo nosso filho? Por ti?
-Serás feliz sim, mas apenas durante um tempo. Tu és independente, és aventureira, mas vais ficar dependente financeiramente de mim, e tu não gostas, nem vais querer isso, mas não te vais sentir bem em deixar o teu filho com outra pessoa. Que nem te vais sentir bem porque criticas as mulheres e namoradas de jogadores que estão em casa e tu vais sentir que estás a fazer o mesmo. E depois vais querer ter mais filhos para te distraíres, e bem, nós impusemos um limite de quatro filhos, tendo em conta que começamos com esta idade, acabávamos com quantos até não puderes ter mais? - Fê-la rir-se.
-Conheces-me muito bem. - Confessou. - Mas se tivesses pensado um pouco saberias que seria incapaz de abortar.
-Se tivesses a certeza que seria o melhor para ti, talvez pensasses nisso.
-Nunca pensaria no que seria melhor para mim, mas sim no que era melhor para ti e no que querias.
-Então porque te falei noutras opções para este bebé e tu reagiste como ambos sabemos?
-Estava à espera de ouvir da boca de toda a gente menos da tua. - Confessou triste. - Sei que em parte estás certo no que disseste, mas sempre acreditei que tudo acontecia por algum motivo e esta gravidez neste momento não é exceção.
-Achas que este bebé veio na altura certa?
-Sim. - Respondeu babada. - Nem mais cedo, nem mais tarde e temos de aproveitar esta oportunidade única de sermos pais.
-Tenho medo de não estar preparado. De te desiludir também.
-Fábio. - Colocou a mão sobre a bochecha dele. - Tu és o melhor namorado que tive até hoje, e és o homem que vai fazer com que realize o meu maior sonho: ser mãe. Vais ser o melhor pai que sabes e consegues, tenho a certeza disso. Não nos vais desiludir. - Rita colocou a mão sobre a sua barriga e Fábio colocou a mão sobre a dela. - Mas se tu não quiseres este filho, temos de ver outras opções, mas não me peças para abortar.
-Eu quero ser pai deste filho. Quero começar a família Madeira Cardoso!
-Tens a certeza que queres que siga com esta gravidez? Que queres ser o pai deste filho? Assim que aceitares, nada do que possas dizer vai mudar a minha opinião de seguir com esta gravidez para a frente.
-Tenho a certeza que quero começar a família Madeira Cardoso, sim tenho! -  Disse feliz e ambos se abraçaram. - Desculpa pelo que te fiz sofrer, acredita que eu só queria fazer-te feliz, queria o melhor para ti e achei que... - Rita interrompeu-o com um beijo.
-Não tens de pedir-me desculpa por fazeres de mim a mulher mais feliz do mundo!

Fábio deu-lhe um abraço forte e um beijo sentido nos lábios, sentia-se todo um misto de emoções em redor do seu corpo e todo o misto delas, o faziam sentir o homem mais incrivelmente sortudo e feliz do mundo, tinha o seu sonho de uma vida realizado: uma mulher que amava profundamente e loucamente (como nunca esperara amar) e um filho a caminho!

-E espero bem que tires da cabeça, a ideia de nos casarmos!
-Sempre sonhei em casar-me com a minha mulher grávida, não resisti!
-Quando estiver grávida da próxima vez, prometo que penso nisso.
-Sabes que sempre sonhei em ter filhos com pouco tempo de diferença, certo?
-Vamos aproveitar este filho e depois logo pensamos em repetir a dose, sim?
-Gostava que fossem gémeos, assim tinha a certeza que ele nunca seria filho único como eu.
-Podes sempre pedir à tua mãe para ter outro filho.
-Pedi durante toda a minha vida e depois de lhe dar a notícia que vou ser pai, ela responde-me que agora já vou ter a criança que tanto queria.
-Achas que vamos ser como os meus pais e ter primeiro a rapariga ou como os teus e ter um rapaz?
-Desconfio que será uma menina.
-Porquê?
-Pressentimento. Sempre ouvi dizer que quando a rapariga é mais velha a relação entre eles é melhor.
-No meu caso, posso comprovar que sim, até porque tenho uma irmã mais velha e um mais novo.
-Acho que está completamente esclarecido quem será o padrinho do nosso bebé. - Colocou a mão em cima da barriga da amada.
-Gostava que a tua prima, a Tânia fosse a madrinha.
-Porquê? Pensei que preferisses a tua irmã.
-Foi graças a ela que foste oferecer a pizza a minha casa quando me mudei, logo ela foi graças a ela que tudo começou.
-Agora tenho de ter especial cuidado com esta gravidez.
-E a primeira atitude será sairmos daqui e irmos para casa.
-Não te importas que vá para tua casa? Se for para a minha preocupo e assusto os meus pais.
-Queres é dormir em conchinha com o teu amor quentinho.
-Não tenho outro amor, na verdade.
-Tens um na barriga. - Colocou a mão em cima da barriga dela. - Mas este tem o tamanho de um feijãozinho.
-Posso cantar-te uma canção? Sei que não tenho muito jeito, mas é uma descrição do que sinto e és para mim.

You're a song (És uma canção)
Written by the hands of God (Escrita pelas mãos de Deus)
Don't get me wrong cause (Não me leves a mal porque)
This might sound to you a bit odd (Isto pode soar um pouco errado)
But you own the place (Mas tu és o lugar)
Where all my thoughts go hiding (Onde todos os meus pensamentos estão escondidos)
And right under your clothes (E debaixo das tuas roupas)
Is where I find them (É onde vou encontrá-los)

Underneath Your Clothes (Debaixo da tua roupa)
There's an endless story (Há uma história sem fim)
There's the man I chose (É o homem que escolhi)
There's my territory (É o meu território)
And all the things I deserve (E todas as coisas que eu mereço)
For being such a good girl honey (Por ser uma boa rapariga)

Because of you (Por tua causa)
I forgot the smart ways to lie (Esqueci-me das maneiras espertas de mentir)
Because of you (Por tua causa)
I'm running out of reasons to cry (Estou a ficar sem motivos para chorar)
When the friends are gone (Quando os amigos forem-se embora)
When the party's over (Quando as festas acabarem)
We will still belong to each other (Continuamos a pertencer um ao outro)

Underneath Your Clothes (Debaixo da tua roupa)
There's an endless story (Há uma história sem fim)
There's the man I chose (É o homem que escolhi)
There's my territory (É o meu território)
And all the things I deserve (E todas as coisas que eu mereço)
For being such a good girl honey (Por ser uma boa rapariga)

I love you more than all that's on the planet (Amo-te mais do que tudo neste planeta)
Movin' talkin' walkin' breathing (Mexer, falar, andar, respirar)
You know it's true (Tu sabes que é verdade)
Oh baby it's so funny (Oh bebé, é tão divertido)
You almost don't believe it (Tu quase não acreditas)
As every voice is hanging from the silence (Como toda a voz depende do silêncio)
Lamps are hanging from the ceiling (E luzes dependem de tetos)
Like a lady tie to her good manners (Como uma senhora e as suas boas maneiras)
I'm tied up to this feeling (Estou amarrada a este sentimento)

Underneath Your Clothes (Debaixo da tua roupa)
There's an endless story (Há uma história sem fim)
There's the man I chose (É o homem que escolhi)
There's my territory (É o meu território)
And all the things I deserve (E todas as coisas que eu mereço)
For being such a good girl honey (Por ser uma boa rapariga)

-Podia dizer-te o quanto te amo, mas acho que vou pensar em formas de o fazer para o resto da minha vida.
-Agora mais do que nunca estamos unidos para o resto da nossa vida, por este bebé.
-Já não estávamos unidos? Agora é só mais uma prova dessa união.
-Claro que sim. Amanhã temos de falar com os meus pais e dizer-lhes o que decidimos.
-E quando os meus pais vierem este fim de semana falamos com eles também.

Como vai correr a conversa com os pais de Rita?

E de Fábio? Será que vão mesmo levar a gravidez para a frente?