Rita tinha receio, receio
do que o futuro lhe reservava, receio do que Fábio poderia sentir por si e do
que ela sentiria por ele, tinha uma série de questões na cabeça e não sabia o
que responder a nenhuma.
-E se eles não gostarem de mim?
-É impossível que não gostem de ti.
-É super natural que não gostem de mim.
-Se fosse a ti não acreditava muito nisso.
-Porque dizes isso?
-Porque já falei de ti e eles estão ansiosos por te
conhecer!
-Tu falaste de mim á tua equipa?
-Sim! Como era possível não falar? - Rita apertou-lhe a mão e fixou os seus olhos nos
dele. – E acredita que só falei bem, era
difícil falar mal de ti! – Rita corou e desviou o olhar, Fábio já sabia que
ela estava envergonhada. Ela respondeu:
-Tu tens noção que não vou conseguir olhar para nenhum,
não tens? – Disse pousando a mão
sobre a de Fábio e ele limitou-se a fechar e a apertá-la.
-Ótimo! Assim só tens olhos para mim! – Rita sorriu e olhou para Fábio, que lhe pousou os
lábios sobre a testa dela onde a beijou.
-Enganaste-te! Os meus lábios estão mais em baixo!
-Oh. Desculpa! –
Olhou para Rita e beijou-a como tinha acontecido no primeiro beijo, com paixão,
com amor e com carinho, gostavam muito um do outro e apesar de não saberem ao
certo o que sentiam, sabiam que quando os lábios se cruzavam eram como se
saltassem faíscas, era como se uma parte incompleta se completasse. Só
separaram os lábios quando o ar começou a escassear.
Separaram as mãos e foram
em direção ao autocarro, estavam todos dentro do autocarro á exceção do mister
que descia as escadas para ir procurar o rapaz e a amiga.
-Finalmente rapaz, onde te meteste? – Perguntou o mister e Rita baixou a cabeça.
-Desculpe mister, alguns adeptos pediram fotografias e autógrafos e eu não os podia desiludir.
-Pronto estás desculpado! – Fábio ia entrar no autocarro, mas o mister não o
deixou entrar. –Apresenta-me lá a causa
do teu sorriso! – Rita corou e apertou fortemente a mão de Fábio.
-Mister. Apresento-lhe a Rita, a minha princesa. – Rita aproximou-se de Hélder e cumprimentou-o com dois
beijinhos. – Rita como tu sabes. –
Sorriu. – É o meu mister Hélder.
-Muito prazer. –
Respondeu baixinho.
-O prazer é todo meu Rita. – Respondeu a sorrir. –Mas agora toca a entrar para o autocarro que está tudo á vossa espera.
O primeiro a entrar para o
autocarro foi o mister, depois Rita pediu que fosse Fábio e ele aceitou,
deu-lhe a mão e ela tentava ao máximo passar despercebida mas era difícil, era
a única rapariga no meio de tantos rapazes e sabia que todos os olhos estavam caídos sobre si, até porque os colegas dela já tinham ouvido falar de si.
Ela caminhava de cabeça
baixa a olhar para os pés dele e parecia que aquele caminho fora tão curto que
a assustava, todo o seu corpo tremia e não sabia como iria reagir ao pé de todos
aqueles amigos e colegas de Fábio. Ouviu uma voz grave a dizer:
-Então que andaste a fazer matumbo?
-Fui á procura do último frango que deixaste entrar. – Respondeu Fábio aquela voz, pelas palavras teria sido
ao guarda-redes, Bruno Varela.
-E não nos queres apresentar quem está aí contigo oh burro?
-Que eu saiba não sou eu que tenho a alcunha de Bernas,
seu paneleiro. – Bernardo Silva,
entendeu de imediato Rita. Apertou ainda mais a mão dela e fê-la ficar á sua
frente, que limitou-se a baixar a cabeça e ficar com as bochechas tão
encarnadas como nunca tivera antes. –Vocês
já devem ter ouvido falar muito da Ritinha, como é óbvio.
-Não sabes falar de outra coisa... – Ergueu um pouco da cabeça e conseguiu perceber que
era Hélder Costa que falava.
-Não vêm que estão a deixar a rapariga envergonhada?
Deixem-se lá disso seus palermas. –
Rita ergueu a cabeça e olhou para aquela voz. Claramente era um grande amigo de
Fábio, João Teixeira. Não esperava, mas sorriu, não conseguiu esconder o
sorriso. Fábio começou a caminhar e sentou-se num banco e Rita sentou-se ao
lado, ficando ele do lado da janela.
-Obrigada João! –
Acomodou-se ao seu lugar. – Queres vir
para o lado da janela?
-Deixa estar! –
Rita não se importou com a forma “pouco simpática” com que Fábio e os seus
colegas se haviam tratado, já sabia que era esta a forma natural com que se
tratavam.
-Não te assustes. É esta a forma carinhosa com que nos
tratamos.
-Se tu me tratasses assim, te garanto que nem falava
contigo!
-As princesas não se tratam assim, só os monstros como
eles! – Disse dando-lhe um beijo
na testa.
-Oh que fofo! –
Disse Bruno Varela com as mãos pousadas sobre o banco e olhando para eles. – Por acaso sabes que os pés do Fábio
parecem pés de ogre não sabes?
-E que ele é maricas não sabes? – Disse Bernardo virando-se para os bancos de trás,
olhando para Rita e Fábio.
-E vocês são piores que as velhas coscuvilheiras! – Respondeu Fábio. –
Não têm mais nada para ver, nem para fazer?
-Queríamos só avisar a Rita do que a espera. –Ela baixou a cabeça envergonhada e corou. Eles
viraram-se para a frente e Fábio olhou-a.
-Ai que vergonha Fábio! - Disse pousando
as mãos sobre os olhos e pousando a cabeça sobre o peito do amigo.
-Não lhes ligues Rita! Eles têm é inveja porque ao
menos conheço uma rapariga, eles nem por isso. – Disse pousando a mão sobre as costas da amiga.
-Tenho tanta vergonha Fábio! Não devia ter vindo. – Olhou para ele, e ele retribuiu olhando para ela de
forma carinhosa. Aproximou os seus lábios dos dela e voltou a cruzá-los.
Beijaram-se com todo o amor e carinho.
-Senão tivesses vindo não te teria beijado! – Ela encostou-se ao peito dele e todos os olhos
estavam pousados sobre eles.
-Faziam melhor figura se cantassem os parabéns, em vez
de olharem.
-Fazes anos hoje? –
Perguntou Ivan Cavaleiro.
-Sim... Dezoito. –
Respondeu-lhes pela primeira vez mas claramente pouco á vontade.
-Seu pedófilo Fábio. –
Disse João Cancelo. –Ela ainda era menor
e tu já tinhas segundas intenções.
-E tu que não opinasses! – Respondeu Fábio. –
Que eu saiba a tua namorada ainda não deve ter dezoito
-Mas isso é diferente, nós estamos juntos há muito
tempo.
-E quem é que te disse que eu e a Rita também não vamos
ficar juntos muito tempo? – Rita
silenciou-se, ele tinha-se declarado indiretamente e ela não sabia o que dizer.
Todos se afastaram e Rita olhou para Fábio que disse. – Trouxeste a ventoínha contigo?
-Sim, trouxe. –
Abriu a mala e mostrou-a. – Porquê?
-Podes ligá-la? –
Rita abanou positivamente a cabeça e pô-la a funcionar. Bastaram apenas uns
segundos para verem a mensagem da ventoínha. Dizia “I Love You” (Eu amo-te) e
ela corou, tinha de lhe responder, mas não sabia o quê, a sua salvação foi o
telemóvel que tocou, pegou nele e atendeu sem olhar para ver quem era:
-Olá! –
Respondeu á chamada.
-Olá filhinha! –
Disse a sua mãe. –Nunca mais disseste
nada e eu fiquei preocupada.
-Desculpa, tive um bocadinho com o Fábio no intervalo,
mas já estou a caminho de casa.
-Conseguiste despedir-te do Fabiozinho? – Rita sorriu.
-Não, por acaso não. Ele convidou-me para vir com ele
no autocarro.
-E tu aceitaste? Deves ser a única rapariga aí!
-Sou mesmo! E estou com alguma vergonha, mas espero que
passe!
-Eles não são nenhuns bichos papões, não te fazem mal!
-Que querida! Que eles não são nenhuns bichos papões,
sei eu, mas sabes quantas raparigas pagavam para estar aqui? – Fábio sorriu a ouvir a conversa.
-Então aproveita! Quando chegares cá vais ter outra
surpresa!
-A sério mãe? Obrigada!
-Sim! São os teus dezoito anos, a tua maioridade, não
poderiam ficar em branco.
-Fico sem saber o que dizer! Como estão todos por aí?
-O teu pai e irmão estão na brincadeira e mandaram-te
um beijinho. Eu e o bebé estamos sossegados.
-Sabes qual é o sexo dele?
-É o meu quarto filho e é o único que decidiu esconder
o sexo.
-Também foi a maior surpresa de todos, de certeza!
-Depois deste bebé, fecho a loja, já não tenho idade
nem energia para isto. Mas pronto, aproveita este dia que nós vamos ter com o
teu irmão e pai.
-Está bem mãe, manda-lhes beijinhos meus e do Fábio que
também está a mandar. Até logo! –
Desligaram a chamada e Rita tinha de lhe dar uma resposta mas não sabia o que
dizer.
Que
irá responder Rita?
Como
correrá o resto da viagem? Qual será a surpresa da família dela?
Olá
ResponderEliminarAdorei *_* E a ritinha tem de dizer que o Ama ;)
Beijinhos
Catarina
Adorei quero o proximo.bjs
ResponderEliminarOlá :)
ResponderEliminarAí que vergonha q a rita passou e q parvos :P
Próximo pq eu quero saber a resposta da rita, a surpresa e a viagem :)
bjs
Olá !
ResponderEliminarBem, eu ando imensamente desatualizada de imensas fics e a tua, que já li e por sinal amei, está uma fofura.
Começando pelo inicio,.. o facto de a Rita não querer aproximar-se demasiado para não se magoar é normal, mas a insistência dele é amorosa, principalmente os ciumes todos do Pedro, e a promessa feita ao pai, opá adoro, adoro mesmo, és uma escritora maravilhosa e adoro os sentimentos que passas para fora. Espero que este namoro dure muito tempo, mesmo e que o Fábio não a magoe, agora tadinha da Rita, toda envergonhada, mas faz parte. Vamos ver como corre tudo e principalmente se não há chatisses entre os dois.
Beijinhos, gosto muito de ti e espero o próximo <3
Ahhhh joder!
ResponderEliminarEu já tinha lido isto mas esqueci-me de comentar e apenas ontem me lembrei disso portanto estive a reler o cap e a voltar a adorar.
Bem, a tarefa da Rita não foi muito fácil. Eu acho que no lugar dela não tinha sido capaz de entrar no autocarro. E estes colegas do Fábio são tão discretos e amáveis... *ironia*
Mas eu tenho fé que a Rita vá sobreviver xD bem com um menino daqueles por perto vale a pena aturar uns meninos mais inconvenientes!
Guapa eu adorei! E já agora agradeço a dedicatória do cap (sim, eu não me esqueci!)
Venha o próximo!
Beso
Ana Santos