segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Capítulo 43: “Acho que ficou tudo demasiado claro.”


Tão cedo quanto tinha dado entrada no hospital, saíra, com alta, mas com muitas recomendações da parte dos médicos e dos enfermeiros, mais sobre a gravidez do que propriamente sobre o coma alcoólico onde teve de fazer uma limpeza ao estômago. Ainda era uma gravidez muito recente e completamente inesperada, afinal Fábio e Rita sempre tiveram muito cuidado com os métodos contracetivos utilizados, ele até a relembrava constantemente de tomar a pílula e por vezes utilizavam os preservativos sem látex que ele tinha comprado bem no início quando se soubera da notícia da sua (única) alergia. Mas pelos vistos, bastara alguns dias longe dele para não tomar a pílula e um pequeno deslize e foi quanto baste. Sempre lhe tinham dito que bastava uma vez para engravidar, mas ela nunca pensara que fosse tão certeiro.

Entre tu boca y la mía (Entre a tua boca e a minha)
Hay un cuento de hadas que siempre acaba bien
(Há um conto de fadas que acaba sempre bem)
Entre las sábanas frías
(Entre os lençóis frios)
Me pierdo a solas pensando en tu piel
(Perco-me sozinho a pensar na tua pele)
Que curiosa la vida
(Que curiosa é a vida)
Que de pronto sorprende con este loco amor
(Que, de repente, me surpreende com este louco amor)
Y es que todo se acaba
(E que tudo acaba)
Y termina si dejo de ser lo que soy
(E termina quando deixo de ser o que sou)

Bésame no dudes ni un segundo de mi alma
(Beija-me, não duvides, nem um segundo da minha alma)
Alteras mis sentidos, liberas mis salas
(Alteras os meus sentidos, libertas as minhas asas)
No cabe tanto amor en esta cama
(Não cabe tanto amor nesta cama)
Si me dejaras
(Se me deixares)
Qué bueno es sentir que suspiro de nuevo
(Que bom é sentir que suspiro novamente)
Que tu roce y mi roce juntos forman fuego
(Roçar o teu corpo com o meu fazemos fogo)
Delicada llama que nunca se apaga
(Delicada chama que nunca se apaga)

Sin ti yo me pierdo
(Sem ti, eu perco-me)
Sin ti me vuelvo veneno
(Sem ti, torno-me veneno)
No entiendo el despertar sin un beso de esos
(Não entendo o acordar sem um beijo desses)
Sin tu aliento en mi cuello
(Sem a tua respiração no meu pescoço)
Qué futuro más bello
(Que futuro mais belo)
Qué plan más perfecto presiento
(Que plano mais perfeito, pressinto)
No tendremos que estar batallando
(Não temos que batalhar)
Buscando siempre el momento
(A procurar sempre o momento)

Depois da música ecoar pelo carro vinda diretamente do rádio e na voz de Pablo Alborán, acompanhada pela do seu namorado (embora sem sombra de dúvida, preferisse ouvir apenas o cantor), acabou por começar a chorar.

-Que se passou meu amor? - Perguntou preocupado, não entendia de onde vinham aquelas lágrimas.
-Esta música fez-me pensar.
-Principalmente na parte do “Que tu roce y mi roce juntos forman fuego” porque na realidade isso deu frutos, certo?
-Em primeiro, a tua pronúncia é realmente bonita e sexy, sabias? - Fábio sorriu. Parecia que tudo o que fazia a atrai-a e ele não se importava que isso sucedesse, de todo. - Em segundo, estava a pensar na música em si,não diretamente nessa parte, porque por incrível que pareça não estava a pensar nesta nossa bênção. - Colocou a mão sobre a sua barriga, como que imaginando que tinha uma barriga grande e a falar com o pequeno, embora soubesse que era impossível ele ouvi-lo de momento.  -É verdade tudo o que a música disse, desde o momento em que me perco a olhar para a tua pele, até que fazemos chamas, os momentos que vivemos, os planos que fizemos que até podem ser realizados mais cedo do que estávamos à espera!
-Temos de falar sobre isso, Rita. - A jovem conhecia bem o seu namorado, percebeu no momento que algo não estava bem na cabeça de Fábio.
-Eu sei que sim. - Fingiu não se aperceber daquele tom do seu namorado. - Mas quando chegarmos a casa, sim? Quero aproveitar este momento bonito que a música nos deu.
-O que significa que ainda queres chorar mais!
-Não disse isso! - O rapaz olhou para ela como que perguntando com os olhos: “quem queres enganar?” - Tu não me olhes assim, Fábio Rafael! A culpa não é minha, é das hormonas!
-É impressão minha ou estás a culpar o nosso filho por seres uma choramingona?
-Nunca culparia o meu filho por nada assim, estou a culpar o pai do meu filho!
-Que culpa tenho eu?
-Porque senão fosses tu, não haveria bebé e muito menos hormonas todas trocadas neste corpo!
-Eu não o fiz sozinho! - Respondeu brincando. - Ou não a fiz. Ainda não sabemos.
-Antes de tu apareceres na minha vida, não existia bebé nenhum na minha barriga mas sim em fase pré-bebé nos teus tintins!
-Portanto, tu é que mos vieste roubar e a culpa ainda é minha!
-É dos dois, e não se fala mais nisso! - Fábio sorriu. Nunca se contraria uma grávida, certo? - E eu é que escolho o nome deste pequeno!

-Onde está a justiça disso?
-Onde está a justiça de eu ter mamas inchadas, barriga enorme, dores insuportáveis do parto e a preocupação de manter a boa forma só por estar ao teu lado? Pois bem eu! Tu podes escolher o nome do próximo!
-Vou escolher o segundo nome dele!
-Estás convencido que vai ser um menino.
-Sei o que fiz. - Piscou-lhe o olho. - E tu não me provoques em relação às tuas mamas, vão ficar na fase mais bonita, inchadas e ainda mais maravilhosas para mim, mas também vais estar super inchada e mal te poderei tocar!
-E vou ser uma grávida chata, estás avisado!
-Sempre o foste, não era a gravidez que iria mudar isso!
Fábio sorriu mas Rita olhou para ele sério. Estacionou o carro e ambos iam para casa.
-Já queres falar sobre o que tanto vive dentro de ti?
-Quando chegarmos a casa.
Subiram até casa de Fábio e ambos sentaram-se no sofá mas ele rapidamente se levantou e começou a sua difícil mas inadiável conversa.
-Em primeiro ligar, quero dizer-te que estes últimos dias têm sido particularmente difíceis para mim. Primeiro estavas numa cama de hospital, por minha culpa e antes que digas que não, eu sinto que foi e sei que foi, não precisas de me defender, a culpa correu-me todos os segundos pelas minhas veias e pelo meu sangue, depois havia a impotência de não poder fazer nada por ti... E mais tarde pelo nosso filho. E foi isso que me fez pensar durante toda a minha ainda curta vida, o que mais me fez pesquisar e querer saber o que era melhor. Depois de muito ler, pesquisar vários exemplos, de pensar e repensar, tomei uma decisão. Mesmo que seja difícil, eu sei que é o melhor para nós... Os três. O nosso maior sonho é sermos pais, mas nenhum de nós tem vida ou condições para o ter agora, por muito que nos custe, sei que é melhor adiarmos este sonho até estarmos preparados. Quem sabe daqui a uns anos.

Rita queria reagir mas, pela primeira vez na vida, não conseguira. Tinha sido das palavras mais difíceis e das emoções mais duras que havia sentido em toda a sua vida e era difícil conciliar tudo e simplesmente reagir. Fábio prometera-lhe tanto antes daquela gravidez e de repente era tudo... Mentira. A mágoa era insuportável.
Quando recebera a notícia da gravidez tivera a certeza que nada seria fácil dali para a frente mas tinha a crença que com Fábio tudo seria diferente mas estava completamente enganada, fora ele o primeiro a abandonar o barco.  E embora a sua vontade fosse também de desistir não o iria fazer. O seu filho merecia mais isso.

-Foste a maior desilusão da minha vida. - Desabafou. - Antes de estar grávida prometias-me que íamos lutar contra ventos e marés, que seríamos apenas e só nós, e o que fazes na primeira oportunidade, Fábio Rafael? Dás-me um golpe nas costas quando mais precisei de ti! - Reclamou chorando. - E podes pesquisar, falar, pensar e tudo o que quiseres, mas este bebé vai nascer e pode não ter um pai mas terá sempre uma família! Este bebé vai nascer quer queiras, quer não! - Ia-se embora de casa mas o rapaz agarrou-a.
-Achas que isto é fácil para mim? Acredita que não é! - Reclamou também ele com mágoa.  - É o meu maior sonho ser pai, ter a nossa família, mas eu tenho de pensar em tudo antes de trazer uma criança para o mundo! E neste momento não temos condições e a nossa vida não está encaixada com um bebé de momento!
-És um egoísta! - Gritou-lhe furiosa. - Para o fazeres estavas sempre disponível, deixaste a responsabilidade de não engravidar para mim e só para mim! E agora? Não é o momento indicado! E onde está o “tudo acontece por algum motivo”? Esqueceste-te porque não convêm não é verdade? - Deu um sorriso irónico. - És um egoísta porque tens a oportunidade de realizar o teu sonho mas não o queres fazer porque não é a “altura certa”? Tu tens noção das palavras que saiem por essa tua boca? O amor que sentia por ti e a vontade que tinha de amar-te a cada segundo tornou-se em raiva, Fábio!
-Rita, não estás a pensar no que dizes!
-Estou tão a pensar no que digo que eu. E o teu filho – Gritou as últimas quatro palavras para dar ênfase à situação. - Vamos embora daqui para evitar emoções desnecessárias nesta altura critica do desenvolvimento dele. - Saiu a correr e bateu com a porta ao sair. Tentou abrir a porta de sua casa para entrar mas não conseguiu, por isso decidiu ir caminhar.  Sabia que não iria ser fácil, as lágrimas não paravam de cair dos seus olhos e dificultavam a simples tarefa de andar, que tudo estava mais complicado devido às emoções que sentia e a gravidez dificultava a tarefa porque se cansava com mais facilidade, mas também não queria levar a mota para sair dali, iria evitá-lo enquanto estivesse grávida.  Só poderia ir a caminhar e sabia bem para onde ia, trazia-lhe recordações mas era o único sítio que lhe conseguiria trazer paz. Aquela praia trazia-lhe tantas recordações, mas a mais marcante tinha sido sem dúvida o seu primeiro beijo com Fábio, que se recordara ainda mais de lágrimas nos olhos com saudade do que sentira na altura e do amor infindável que julgava que ele sentiria por si:

“Era o momento mais bonito que estavam a viver juntos e estavam a tentar desfrutá-lo. Sentiam o coração do companheiro a bater e a felicidade bem presente no rosto da outra pessoa, existia uma paz natural nos corações de cada um. E Fábio sabia que era o momento ideal para partilhar o que sentia, sempre tivera medo do momento em que assumia o que sentia, tinha medo que o sentimento não fosse recíproco, que ela se afastasse dele e no fundo de a perder. Mas tinha de arriscar, podia perder tudo mas também podia ganhar tudo.
-Fábio, talvez seja melhor voltarmos. Os meus pais já devem estar à minha espera. – Ele sabia que ela tinha razão e que para ganhar a confiança dos pais da sua amiga tinha de cumprir o que prometera, mas era muito forte o desejo que sentia de prendê-la nos seus braços e não mais largá-la, queria poder ficar ao lado dela até aos últimos dias da sua vida.
-Rita, por favor, só mais um bocadinho.– Suplicou Fábio e Rita não conseguiu resistir.
-Mas é mesmo só mais um bocadinho, sabes que o meu pai está á minha espera.– Disse pousando novamente a mão sobre o peito de Fábio que a agarrou as mãos e olhou para ela.
-Só falta uma coisa para tornar este momento perfeito. – Encheu-se de coragem e disse-o, Rita olhou para ele que sorria e perguntou:
-E porque não o tornas perfeito? – Perguntou envergonhada mas com coragem de dizer tudo o que sentia e de se sentir ainda mais realizada.
-Porque não sei se também o queres.
-Eu confio em ti Fábio.– Disse pousando a mão sobre os cabelos secos mas brilhantes dele.
-Tens a certeza? Tu nem sabes o que vou fazer.
-Faço uma pequenina ideia. E sinceramente, não preciso de saber, tal como te disse confio em ti.
Os olhos de ambos brilharam e foi Rita quem tomou a iniciativa de cruzar os seus dedos com os de Fábio dentro de água. Fábio sabia que o que iria fazer podia estragar aquela amizade, podia deixar a amiga desiludida ou magoada, podia afastá-la de si, mas estava disposto a arriscar, afinal ela permitia-o, fora ela que o incentivara-o a fazer, embora não soubesse ao certo o que ele iria fazer.

Fábio aproximou os seus lábios da face de Rita, pousou a mão esquerda sobre a bochecha dela que fechou os olhos sentindo o doce toque do amigo na sua face, aproximou os seus lábios dos dela e respirou durante breves segundos e beijou-a como desejara há imenso tempo, como nunca desejara beijar ninguém.
E Rita nunca hesitou, nunca temeu e sempre confiou em Fábio, deixou-se beijar e sentir todas aquelas sensações únicas, faziam-na ter ainda mais certeza do que sentia por ele. Estava apaixonada. E aquele beijo causara-lhe uma felicidade inexplicável, sentia-se amada como não sentia desde o final de relação com Tiago.
E Fábio sentiu o que nunca havia sentido antes, uma felicidade a sair pelo seu coração de forma inexplicável, uma vontade de não mais soltar Rita dos seus braços, de fazê-la apenas a única mulher da vida dele. Ela era a sua felicidade, o seu porto de abrigo, o seu porto seguro, uma mulher surpreende apesar da tenra idade.
As bocas só se separaram quando o ar começava a escassear, e parecia nada os querer afastar, não queria mais largar-se, nunca mais se afastarem e ficarem unidos como um só. Rita pousou a cabeça sobre o peito de Fábio e as mãos nos ombros dele, que retribuiu o gesto pousando as mãos sobre as costas de Rita e a cabeça sobre a cabeça dela e com a voz meio-rouca e grave disse...”

Como poderia odiar e amar tanto um homem? Como poderia ele ser o principal alvo de todo o amor, de todo o carinho, mas também de tanto odeio da parte da mesma pessoa? Ele era a esperança e em simultâneo desgosto. Aquele mar trazia-lhe tantas memórias que parecia que se mergulhasse nele, desapareciam do seu corpo. Despiu as calças e o casaco e entrou no mar. A água estava fria, sabia disso mas pouco ou nada sentia na pele, porque o seu coração doía mais do que pensara vir a ser possível e por muito que quisesse chorar, as lágrimas não caiam e queria que o mar tirasse do seu corpo todos aqueles sentimentos relacionados com ele... Tudo o que envolvesse Fábio Rafael queria apagá-lo da sua vida. Mas não era assim que iria resolver as coisas. Até podia esquecer-se de tudo, mas o seu corpo tinha uma pequena parte dele em si e não iria fazer-lhe a vontade ao tirá-lo. Quando o corpo começou a ficar demasiado frio decidiu sair da água e viu quem menos queria junto aos seus pertences. Decidiu tentar enganá-lo e ir buscar apenas a sua roupa e ir embora, mas ele levantou-se e seguiu-a.

-O que pensas que estás a fazer?
-Estava a tomar um banho de mar, porquê? O que tens a ver com isso?
-Além de seres minha namorada, tens um filho meu na barriga, logo tenho tudo haver com isso.
Rita parou e sorriu ironicamente.
-Antes de falares, tenta ter sentido e pensares antes de dizeres asneira. - Vestiu o casaco e a seguir as calças. - Como queres que continue com uma pessoa que simplesmente não quer a coisa que eu mais quero no mundo? A única pessoa que se está entre a realização do meu sonho e o facto de ter sido só uma ilusão? Por muito que eu te ame, vou sempre amar e amo mais este filho!
-O que queres que te diga? Que estou arrependido do que disse quando não estou? Que quero este filho mais do que nunca? Que sei que não era a melhor altura mas que porque aconteceu é porque tem de ser? Eu faço isto tudo por ti, porque te amo!
-Se me amasses, amarias ainda mais este filho do que me amas a mim! - Nenhum de nós conseguiria controlar as lágrimas.
-Pensa Rita! - Gritou-lhe e ela assustou-se. - Tu sonhas ir para a faculdade, ter uma profissão que te faça depender de mais ninguém a não ser de ti mesma. E eu? Tanto estou cá como não estou, nunca podes contar comigo a 100%, queres que fique como? Tens maturidade para ter um filho agora? Estás preparada? Tens meios financeiros para isso? E estabilidade? Eu não tenho nada disso com 19 anos, Rita! Só quero que acordes do sonho e que enfrentes a dura realidade!
-Não precisava de ser tão bruta! - No fundo sabia que o que ele dizia tinha um fundo de verdade. - Sabes o que mais querida neste momento? Ter o meu filho e que tu desaparecesses da minha vida! - Dito isto correu até casa e com lágrimas nos olhos, só queria estar sossegada a repensar.

Foi até sua casa, meio perdida entre lágrimas e deixou correr água e espuma pela banheira para tomar um banho desejado e que a fizesse sentir realmente bem. Poderia até nem lhe tirar a dor e o aperto que o seu coração sentia, mas era uma forma de se sentir um pouco mais leve e em paz. Além de que sabia perfeitamente que o mar estava demasiado frio, o seu corpo precisava de água quente. Ligou o telemóvel e decidiu colocar música que a fizesse sentir mais confiante.

What goes around comes back around (hey my baby) (Tudo o que vai volta (ei, meu amor)
What goes around comes back around (hey my baby)
What goes around comes back around (hey my baby)
What goes around comes back around (hey my baby)

There was a time (Houve um tempo)
I thought, that you did everything right (Em que pensei, que fizeste tudo bem)
No lies, no wrong (Sem mentiras, sem erros)
Boy I, must've been outta my mind (Rapaz, eu, devia estar a perder a minha mente)
So when I think of the time that I almost loved you (Então quando penso na altura em que quase te amei)
You showed you ass and I saw the real you (Tu mostraste que és um idiota e eu vi o teu verdadeiro “eu”)

Thank God you blew it (Graças a Deus estragaste tudo)
Thank God I dodged the bullet (Graças a Deus, desviei-me da bala)
I'm so over you (Já te superei)
So baby good lookin' out (Então amor, é melhor ires embora)

I wanted you bad (Eu queria tanto ficar contigo)
I'm so through with it (Mas não sinto mais isso)
Cuz honestly you turned out to be the best thing I never had (Porque, sinceramente, acabaste por ser a melhor coisa que eu nunca tive)
You turned out to be the best thing I never had (Tu tornaste-te a melhor coisa que eu nunca tive)
And I'm gon' always be the best thing you never had (E eu serei a melhor coisa que tu nunca tiveste)
I bet it sucks to be you right now (É chato estar no teu lugar agora)

So sad, you're hurt (Tão triste, estás magoado)
Boo hoo, oh, did you expect me to care? (Esperavas que eu me fosse importar?)
You don't deserve my tears (Tu não mereces as minhas lágrimas)
I guess that's why they ain't there (Secalhar é por isso que elas não estão aqui)
When I think that there was a time that I almost loved you (Quando eu penso na altura em que quase te amei)
You showed you ass and I saw the real you (Tu mostraste o idiota que és e o teu verdadeiro “eu”)

Depois de sair do banho, enrolou-se numa toalha e passou pela sala, mas ouviu uma voz dizer:
-Pensavas que te ias livrar de mim tão cedo? - Ela parou e deparou-se com o rapaz sentado no sofá. - Estás ainda mais bonita agora que estás grávida.
-O que fazes aqui?
-Tenho a chave, entrei pelo mesmo sítio que tu.
-Desaparece daqui. A tua casa é em frente, não aqui.
-Vamos falar, não consigo passar o dia sem esclarecer tudo.
-Acho que ficou tudo demasiado claro.
-Rita, vamos falar.
-Tu estás entre mim e o meu filho, e se eu tiver de escolher a escolha é óbvia.
-É assim que tu queres ficar?
-Eu não quero, mas tu obrigaste-me.

Fábio foi-se embora e Rita foi até ao quarto, onde se vestiu e começou a arrumar a sua mala. Precisava de passar uns dias longe da sua casa, precisava de ficar longe da sua família e das perguntas difíceis, de ficar longe dos locais que lhe traziam à memória... O pai do seu filho.

Que decisão vão tomar em relação ao filho?
E como ficará a relação?Será que vão terminar ou não?

1 comentário:

  1. Olá :)
    Bem!...que capitulo :O
    Nunca esperei que o Fábio reagi-se assim :O
    A Rita fez bem em reagir assim ;)
    Espero é que a relação deles não acabe...afinal eles amam-se e há um bebé no meio :/
    Beijos :*

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