Como
poderia não amar aquela rapariga? Ela era uma lutadora, era
simpática e extremamente querida e atenciosa, era forte e quando
gostava, lutava até à exaustão, não sabia desistir. Era verdade
que também era orgulhosa e lhe custava pedir desculpa, era teimosa,
mas ele adorava-a por isso, não era perfeita, era humana e isso
tornava-a apaixonante. Na sua cabeça era impossível não se ter
apaixonado por ela. A rapariga não precisava de palavras para se declarar,
nem de gestos, Fábio olhava-a e sabia dizê-lo apenas pelo olhar,
poderia não a conhecer completamente mas conhecia o suficiente para
a descodificar. Aquela prenda iria ficar para sempre gravada no
coração, pela surpresa que fora e pelo significado. Beijou-a
completamente rendido a tudo o que a envolvia, ela foi apanhada de
surpresa mas rendeu-se também. Aquele beijo era romântico, era
carinhoso e espontâneo, ele estava rendido a ela e demonstrava-o no
beijo.
-Devia
dizer-to, até porque sei bastante bem o que sinto, mas não o
consigo fazer e desculpa-me por isso, não é fácil explicar-te que
és o meu ponto fraco e forte, és tu que me tornas mais forte, mas
também aquela pessoa que basta saber que não estás completamente
feliz para não me sentir bem comigo mesma. -Apertou-lhe
a mão. - Acredita
que és mais que o meu namorado, mais que um amigo e padrinho da
minha afilhada, tu completas-me. Foste tu que me fizeste conhecer
melhor, me fizeste acreditar mais em mim mesma e acreditar nos meus
instintos. Tu fizeste-me ver que sou muito mais forte do que aquilo
que alguma vez pensei, fizeste-me acreditar que sou melhor do que
pensava, que podia e tinha talento para poder acreditar em mim, aliás
que o deveria fazer. Os meus instintos. -
Sorriu. - Estavam
certos. Dei-te uma oportunidade e tu agarraste-a com unhas e dentes e
ainda bem que recusei aquele teu beijo, senão aquele nosso beijo na
praia não teria o significado que teve e a nossa relação seria
diferente daquilo que é.
-Meu
amor. -
Fábio abraçou-a, na luta que travava contra a lágrima no canto do
olho. - Todos
os dias agradeço a Deus por te ter colocado na minha vida e por ter
feito para mim. -Beijou-a
com carinho. -Quando
tivermos os nossos filhos quero que sejam exatamente iguais a ti,
aliás serão tão perfeitos como tu!
-Estou
longe de ser perfeita meu bem, acredita. Choro muito facilmente, sou
estupidamente teimosa e não consigo limitar-me a gostar ou não, ou
odeio ou amo. E quanto aos filhos, haveremos de ter muitos anos de
treino antes de vir o nosso primeiro ao mundo. - Sorriram.
-E
primeiro de tudo, ainda temos de começar! -Piscou-lhe
o olho.
-E ainda antes disso iremos a uma consulta de planeamento familiar,
que é para sabermos a melhor forma de nos precavermos.
-Até
agora sempre utilizei preservativo, e as raparigas com quem estava
tomavam a pílula, por isso quando a Adriana veio ter comigo a dizer
que estava grávida sabia que a probabilidade era pouca mas era real
e aí sim falei de aborto apesar de ser contra, nenhum de nós tinha
condições, nem vida para ter um filho.
-Não
desconfio de ti, mas gostava que fizesses análises para estar mais
descansada, porque estas doenças não são facilmente
diagnosticadas, nem andam com um rótulo na testa a dizer que a tens.
-Fiz
análises no início da época para saber como estava e não acusou
nada, mas se te deixa descansada assim o farei.
-Fábio,
antes da consulta ou de começarmos qualquer coisa, gostava de saber
com quantas pessoas te envolveste a este nível antes de mim.
-Envolvi-me
com duas pessoas antes de ti, a Adriana e a Ana. A primeira vez que
fiz foi com a Ana e tinha 15 anos, ela era mais velha e já não era
virgem e acabou por acontecer e eu como não a queria perder e aconteceu, mas
ela nem sabia que eu era virgem. Passado pouco tempo também
acabamos. A Adriana apesar de também ter sido uma curte foi
diferente, aliás nem sei se foi uma curte. Nós falávamos e ela
queria dar umas voltinhas no carrossel mágico e eu também estava
com vontade e pronto. Garanto-te pela minha vida que não dei festa a
mais ninguém. -
Rita ficou surpreendida, ele falava daquilo com uma naturalidade que
a deixava surpresa. Ele perdera a virgindade com uma rapariga mais
velha, com quem não namorava e ela não sabia que ele ainda o era e
acabara pouco depois com ele e Adriana... Ela queria levá-lo para a
cama e ele simplesmente, deixou? Não... O Fábio que ela conhecera
não era assim.
-E
a Tânia?
-Ela
era virgem e eu não quis que perdesse comigo mas sim que esperasse
por alguém que valha mais a pena e ela gostasse mesmo.
-Não
sei que te dizer.
-Acredito
que possas estar chocada com o que ouviste, mas eu já fui assim.
Houve uma altura em que só tinha curtes, depois acalmei, não tinha
com tanta frequência, mas só quando te conheci é que mudei, e
quando me apaixonei que passei a só ter olhos para ti.
-Eu
acredito em ti e sinto isso, sinto que mudaste mas custa-me pensar
que o primeiro homem com quem quero fazer amor, tenha já esta
experiência.
-Rita,
só tenho olhos para ti, é a ti que te amo e tudo isso que se
passou, é apenas isso passado. Com elas fiz sexo, contigo vou fazer
amor.
-Gostava
que a primeira vez que o fizesse fosse especial entendes?
-Será
muito especial meu bem, apesar de não ser a primeira vez a nível
físico será a primeira vez a nível sentimental.
-Eu
também tenho de te contar uma coisa. Eu e o Tiago tentamos fazê-lo
mas não chegamos realmente a fazê-lo, além de não estar preparada
os nervos não me perdoaram. Mas ele rebentou-me o himan, Fábio. -
Desta
vez fora a vez de Fábio ficar surpreendido, pensava que Rita era
totalmente inexperiente a nível mais intimo mas revelara-se mentira.
-Ele
rebentou-te o himan há muito tempo?
-Três
meses. A partir dai não tentamos mais voltar a fazer amor, até
porque eu não quis.
-E
porque não quiseste? E como é que ele te rebentou o himan?
-Não
quis porque além de não ter existido o timing certo para o fazer,
achei que ele estava diferente, no último mês e meio em que tivemos
juntos, secalhar até já me trai-a nessa altura,
mas quanto a isso não tenho a certeza.
-Deixa
isso, agora estás ao meu lado e estamos felizes, eles que também o
sejam mas bem longe de nós. Posso fazer-te uma pergunta mais
delicada.
-Poder,
podes, és maior e vacinado, tu é que sabes o que deves fazer ou
não, e eu posso simplesmente responder-te ou não.
-Só
respondes se quiseres, é claro. Ele rebentou-te o himan com os
dedos? E se sim, repetiu-o?
-Sim,
em ambas as tuas perguntas. Não sei o que me levou a aceitá-lo mas
fiz e tenho de assumir.
-Não
tem nada de mal Rita, é algo natural da vida.
-Não,
não é. E contra-natura, devia ter esperado e não tê-lo feito,
devias-o ter rebentado na nossa primeira vez.
-Coloca
para trás das costas, Ritinha. Fizeram, está feito. Provavelmente
não te irá doer tanto como imaginavas e não irás sangrar, e se o
fizeres não será muito.
-Se
tiveres mesmo necessidade de o fazeres e nunca o tivermos feito
diz-me, não quero ser traída, não aguentaria.
-Rita.
-
Colocou os dedos sobre o seu queixo. -Não
vai acontecer. Confia em mim.
-Vou
confiar em ti Fábio. -
Deu-lhe um beijo na testa, como ele lhe fazia. -Pudemos
almoçar juntos e vamos à consulta, depois vamos buscar o meu irmão
e vamos visitar a minha mãe pode ser?
-Por
mim está combinado! -
Deu-lhe um beijo curto nos lábios. - Desculpa
o meu passado, a circunstância das raparigas com quem dormi. Mas
acredita que agora estou completamente diferente e se pudesse voltava
atrás e mudava tudo.
-Claro
que me custa um bocadinho, mas sabia bem que não eras nenhum santo
quando te conheci e não desisti, continuei a teu lado. Vamos passar
algumas dificuldades, esta é apenas a primeira, mas vamos passá-la
juntos! -
Sorriram.
-E
vamos ultrapassá-las a todos e seremos felizes, juntos. -
Agarrou na mão dela e apertou. –Queres
saber uma coisa?
-O
quê?
-Amo-te!
–
Dito isto roubou-lhe (mais) um beijo carregado de amor.
-Mas
vocês ainda não estão prontos? –
Perguntou o pequeno Pedrito entrando para o quarto. –
Já estava à vossa espera!
-Vou
tomar banho a casa e tu vê se também tomas banho e preparas o
pequeno-almoço que eu sou melhor e demoro sempre mais. –
Deu um beijinho a cada um dos seus “rapazes” e saiu.
(No
mesmo dia algumas horas mais tarde)
-Estás
onde meu amor? –
Perguntou Fábio depois de Rita atender o telemóvel.
-Adivinha
quem é! –
Uma rapariga tapou-lhe os olhos.
-É
o meu maior amor! –
Destapou os olhos e agarrou-a pela cintura, deu-lhe um beijo na testa
e sorriu-lhe. –Estava
a morrer de saudades tuas sabias?
-Fazia
uma pequena ideia. –
Sorriu-lhe. –
Fazes uma pequena ideia de onde vamos almoçar? Estou cheia de fome!
-Sim!
–
Encheu a cara dela de beijos por toda a parte. –Tenho
uma surpresa para ti no carro! –
Ela deu entrou para dentro do carro e rapidamente reparou no enorme
pacote de gomas.
-Adoro-te,
adoro-te, adoro-te! –
Colocou a mão sobre a sua perna. –Sabes
que só me vais engordar não sabes?
-Mais
magrinha ou mais rechonchodinha mas és toda minha e gostinha!
-Quem
rima sem querer, é amado sem saber! –
Fábio ligou o carro e rumaram a um lugar surpresa para ela. –
Mas no teu caso não é bem assim! –
Deu-lhe um beijo na boca rápido e seguiram caminho.
-Acho
que valeu a pena vir resistir a toda a viagem a perguntar onde íamos
almoçar! –
Disse sorrindo para Rita e dando-lhe um beijo na testa, enquanto
saiam do carro e caminhavam para o restaurante.
-Também
fiz bem em não te deixar comer das minhas gomas, senão não
almoçavas!
-Acreditava
que almoçava na mesma! –
Começaram a descer a ponte que ligava o passeio ao barco. –
Eu sou muito comilão sabias?
-Espero
um dia saciar essa tua fome toda. –
Desta vez foi Rita que o provocou e deixou corado, não estava
minimamente à espera e como forma de lhe mostrar a sua
boa-disposição, piscou-lhe o olho e sorriu.
-Que
achas do restaurante?
-A
vista é muito bonita, o local muito agradável e a companhia é
simplesmente perfeita. –
Deu-lhe um beijo curto nos lábios e sentaram-se na mesa a almoçar.
Passados
breves segundos apareceu uma empregada que claramente havia realçado
mais o seu decote para chamar a atenção de Fábio e insistia em
olhar apenas para ele, mesmo quando Rita perguntava ou dizia algo.
-Olhe
desculpe, importa-se de tirar os olhos de cima do meu namorado?
-Não
entendi a sua pergunta.
-Entendeu
bem. –
Respondeu rudemente. –
Desde que nos veio atender que ainda não tirou os olhos de cima do
Fábio, eu sei que ele é bonito e ele também sabe mas importa-se de
dar um pouco menos nas vistas? Até os outros clientes já reparam. E
se me dá licença. –
Rita pegou na sua mala e saiu do restaurante.
-Rita!
Rita! –
Exclamou Fábio correndo atrás da sua companheira enquanto
atravessavam a ponte. Agarrou no braço e colocou-se na sua frente. –
O que é que se passou ali dentro?
-Ela
não tirava os olhos de ti ou não me digas que não reparaste?
-Claro
que reparei, mas não havia necessidade de fazeres uma cena!
-Não
fiz cena nenhuma! –
Reclamou chateada. –
Como é que tu queres que eu reaja?! És jogador de futebol, logo aí
as raparigas não te largam, és uma bomba, és lindo, sexy e
irresistível, queres que fique toda sorrisinhos e feliz quando isso
acontece?
-Tu
estás cheinha de ciúmes! –
Exclamou sorrindo para ela. –
E tu ficas incrivelmente boa quando estás assim! –
Deu-lhe um beijo na testa que a deixou ainda mais chateada.
-Tu
deixa-me Fábio Rafael! –
Cruzou os braços, fingindo estar chateada. –
Isto não tem piada, isto de namorar com uma pessoa como tu, tem
imensas desvantagens!
-Que
queres dizer com uma pessoa como eu?
-Não
és bom como o milho que eu não gosto de milho, mas és tão bom
quanto um pacote de gomas!
- Ele não evitou demonstrar um sorriso de diversão, a sua namorada
era realmente espontânea e divertia-o. –
Que nervos! Ainda por cima estou cheia de fome e não temos onde
comer!
-Aceitas
ir ao Mc’Donalds?
-Não
achas que não devias abusar? És desportista não podes estar sempre
a abusar deste tipo de comida.
-Mãezinha,
tens alguma outra solução?
-Eu
queria era uma desculpa para irmos almoçar ao Mc’Donalds meu amor!
–
Disse brincando com ele, deu-lhe um beijo nos lábios e sorriu. –
Queres convidar algum colega teu para vir connosco?
-Não
que eu vou apresentar-te como namorada de uma forma muito formal e
responsável. –
Rita sorriu, ele realmente era um homem apaixonante. –
E não me parece que algum deles quisesse ir connosco a uma consulta
de planeamento familiar.
-Esqueci-me
desse pequeno pormenor meu bem! –
Deu-lhe um beijo no canto dos lábios. –E
não te estejas a rir que eu mordo-te esse lábio Fábio!
-Rimaste!
–
Sorriram. –Se
és mulher morde-mo o lábio!
-Não
preciso de te mostrar que sou mulher a morder-te o lábio, daqui a
uns tempos vou mostrar-te de uma forma muito particular... –
A frase dela era deveras sugestiva.
-Tu
não me provoques amor! –
Desta vez foi ele que a beijou e de seguida mordeu-lhe o lábio. –
Vamos tentar ir ao restaurante mais uma vez? Fazes um esforço?
-Vou
fazer um esforço mas ela que não se estique.
-Acho
que ela já percebeu que não tem hipóteses comigo e sou todo teu.
Deram
as mãos e partiram novamente para o interior do restaurante, foram
atendidos pela mesma empregada mas desta vez tapou o seu provocado
decote e prestara atenção e olhara para ambos. Pediu desculpa pelo
seu jeito “atiradiço” com que os surpreendeu da primeira vez que
tiveram sentados na mesma mesa, e apesar de Rita ter ficado reticente
acabou por aceitar.
Quando
acabaram o almoço foram até ao carro e acabaram rapidamente com o
pacote de gomas sortido que Fábio comprara para a sua namorada,
embora fosse ele que entre brincadeiras tivesse comido bem mais que
ela. Deram um último beijo e partiram rumo ao centro de saúde mais
próximo.
-Boa
tarde.
-Boa
tarde. –
A assistente administrativa era bastante simpática e ofereceu-lhe
logo um sorriso. –
Em que vos posso ajudar?
-Gostaríamos
de saber como se processam as consultas de planeamento e qual o
custo.
-As
consultas de planeamento são feitas de forma gratuita, basta
apareceres e se houver algum enfermeiro disponível iremos
responsabilizá-los, para vossa sorte existe um disponível. Deem-me
só um momento que eu vou chamá-lo.
Passado
pouco mais de um minuto reapareceu junto deles e mandou-os entrar
numa pequena salinha que existia. A enfermeira estava sentada em
frente a uma pequena secretária e ai existiam duas cadeiras à
frente.
-Boa
tarde meninos.
-Boa
tarde senhora enfermeira.
-Meninos,
primeiro que tudo quero saber o que vos trouxe aqui.
-Falas
tu ou falo eu meu bem? –
Perguntou Fábio.
-Senão
te importares falo eu. –
Pousou a mão sobre ele e respirou fundo.
-Não
precisam de ter vergonha ou medo, a nossa conversa será apenas nossa
e não sairá daqui.
-Mas
é difícil falar sobre a nossa intimidade com uma pessoa que nos é
estranha, embora tanto eu como ele saibamos que é o melhor para nós
estar aqui.
-E
foi uma atitude muito bonita da vossa parte.
-Obrigada.
–
Anunciaram em coro.
-Eu
sou virgem, mas já me rebentaram o hímen há sensivelmente 3 meses.
E o Fábio já não é, perdeu a virgindade já faz 4 anos e depois
disso só se envolveu com mais uma pessoa.
-E
quais foram os métodos contracetivos que usaste das vezes em que
tiveste as relações sexuais.
-Ambas
usavam pílula e também utilizamos preservativo.
-E
quando foi a última relação que tiveste?
-Já
fez um ano.
-Há
quanto tempo estão juntos meninos… ?
-Rita.
-Fábio.
– Completaram
em uníssono. –
Começamos a namorar ontem, mas já estamos apaixonados há mais
algum tempo.
-E
estão a pensar começar a fazer relações sexuais em breve?
-Não
sabemos. –
Respondeu Rita. –
Quando acontecer, aconteceu mas queremos estar preparados.
-O
que vos posso aconselhar em primeiro lugar é, neste caso o Fábio
fazer testes para saber se tem alguma doença, ou para provar o
contrário. De seguida, Rita devias ir fazer análises e uma
ecografia para saber que tipo de pílula devias tomar, e eu posso
dar-vos preservativos para andarem precavidos para quando esse
momento chegar.
-Fiz
as análises em Agosto e ficou provado que não tenho nada.
-Eu
posso tomar a pílula, mas tenho medo de falhar por ser demasiado
cabeça no ar.
-Existem
outros métodos contracetivos mas devido à tua inexperiência, e
desculpa-me o termo, acho que o melhor a fazerem será mesmo o
preservativo.
-Se
tivermos mais dúvidas, pudemos vir consultá-la?
-Claro
que sim, estejam à vontade. Estou aqui todas as terças, quintas e
sextas da parte da tarde, é só perguntarem pela Daniela Cruz. –
Levantaram-se todos das suas cadeiras e despediram-se com um aperto
de mão e um forte e sentido obrigado.
Foram
novamente até à receção e agradeceram à administrativa que fora
bastante simpática e atenciosa com eles e foram até ao carro.
-Vou
guardar alguns preservativos na minha carteira, até porque às vezes
os meus colegas precisam e já não era a primeira vez que me vinham
pedir. –
Desabafou Fábio. –
E por isso quero que andes com alguns na carteira, para estarmos
protegidos e vou deixar um ou dois aqui no carro.
-Achas
que vamos fazer isto no teu carro?! –
Perguntou ela admirada.
-Prefiro
pensar que a tua cama ou a minha serão o local certo para o fazer,
mas assim estou mais descansado, sim? –
Deu-lhe um beijo na testa. –
Queres ir buscar o teu mano ou ainda queres fazer mais alguma coisa
antes de irmos?
-Primeiro
quero dar-te um grande beijo! –
Agarrou-o pelo pescoço e deu-lhe um beijo suficiente forte para só
separarem os lábios quando sentiram o ar escassear entre as suas
bocas. –
Feito! Depois há algo que tenho que te confessar, tenho medo de te
perder por o fazer e sei que te vai custar e magoar, mas não consigo
esconde-lo.
-Amor,
estás a assustar-me. –
Colocou a mão sobre a perna dela.
-Houve
uma altura em que estive confusa entre ti e o Pedro.
Como
irá reagir Fábio a esta revelação?
Será
o fim desta recém-relação? Como correrá o resto da tarde?